O mercado de alimentos congelados é um dos que mais crescem no Brasil, oferecendo oportunidades de negócios para quem quer investir neste setor. De acordo com a Food Connection, o segmento tem a previsão de crescimento de 5,2% para os próximos 6 anos. Se a taxa se confirmar, o setor deve movimentar cerca de US$ 408,05 bilhões até 2029.
Não é difícil de compreender tamanho crescimento. Os alimentos congelados podem ser consumidos tanto em casa quanto no trabalho, curso ou faculdade. Além disso, estimulam a alimentação saudável e podem ser desenvolvidos para atender diferentes dietas, como veganas, vegetarianas, low carb e para praticantes de atividades físicas. Em ambos os casos, é preciso garantir que os alimentos sejam preservados adequadamente para se manterem saudáveis e seguros para o consumo.
Você já sabia que o mercado de alimentos congelados vem crescendo nos últimos anos? Neste post vamos falar dos métodos de conservação mais comuns, com eles, você vai conseguir aumentar a validade dos seus produtos congelados, ampliar o seu mercado consumidor e aproveitar as oportunidades que esse ramo possibilita!
O que são alimentos congelados?
Alimentos congelados são aqueles que passam por um processo de redução da temperatura até atingir o ponto de solidificação da água, o que retarda a decomposição e prolonga a vida útil dos alimentos. Na prática, são alimentos mantidos a uma temperatura mínima de -18°C, que impede o crescimento de microrganismos e mantém as características físicas e nutricionais dos ingredientes.
O congelamento de alimentos, na verdade, é uma alternativa de conservação natural quando comparada ao uso de conservantes químicos tradicionais. Por isso, é uma opção muito apreciada por quem tem um estilo de vida saudável e/ou uma rotina muito agitada.
Principais métodos de congelamento de alimentos
No mercado de alimentos congelados, basicamente três são as técnicas utilizadas para preservar as características sensoriais e nutricionais dos ingredientes. Abaixo, listamos as diferenças entre cada uma.
Congelamento lento
O congelamento lento é aquele que geralmente utilizamos em casa quando levamos um determinado alimento ao congelador ou freezer. Nesse caso, a técnica reduz a temperatura dos alimentos gradativamente, até o ponto em que a água presente neles se transforma em gelo. Dependendo do eletrodoméstico utilizado, do ingrediente e da quantidade, todo o processo pode demorar entre 3 e 24 horas.
Apesar de ser muito utilizado no dia a dia, de longe é o método mais indicado para quem deseja investir no mercado de alimentos congelados. Afinal, trata-se de uma técnica muito demorada, que pode resultar em perda de nutrientes durante o processo.
Além disso, há a formação de cristais de gelo que comprometem a textura, a qualidade e o sabor dos alimentos após descongelados. O congelamento convencional também pode não inibir totalmente o crescimento de microrganismos, o que pode diminuir consideravelmente a sua validade.
Ultracongelamento
Também chamado de congelamento ultrarrápido, essa técnica utiliza um equipamento especial – o ultracongelador – para resfriar o alimento rapidamente, atingindo o ponto de solidificação da água em até duas horas.
A grande vantagem desse método é que ele impede o crescimento de microrganismos que podem deteriorar ou contaminar o produto. Dessa forma, aumenta a validade dos alimentos congelados, reduzindo o desperdício e proporcionando mais economia.
Além disso, também evita a formação de cristais de gelo, que levam parte dos nutrientes e deixam o alimento “molenga” após o descongelamento. Sendo assim, a técnica de ultracongelamento é a mais indicada para quem deseja se diferenciar no mercado de alimentos congelados, oferecendo produtos de melhor qualidade aos seus clientes.
Congelamento a vácuo
Outro método de conservação muito eficaz na preservação das características físicas e nutricionais dos alimentos é o congelamento a vácuo. A técnica consiste em armazenar os alimentos em sacos plásticos apropriados, sugando todo o ar dentro deles. Com isso, impede-se que o oxigênio fique em contato com o produto e provoque a sua deterioração. Além disso, resulta em embalagens mais compactas, que ocupam pouco espaço no freezer ou congelador.
Resfriamento x congelamento
Tanto o resfriamento quanto o congelamento são dois métodos de conservação muito antigos, que utilizam o frio para manter a estabilidade dos alimentos. Eles possibilitam o transporte e a comercialização de produtos perecíveis como aves, carnes, peixes e muitos outros, mantendo as características sensoriais e nutricionais desses ingredientes inalteradas.
Atualmente é possível resfriar e congelar praticamente tudo, conforme listamos na sequência:
- Carnes (de frango, de boi, de peixes, de porco);
- Frutos do mar;
- Massas como macarrão, pizza, pães, bolos;
- Frutas diversas;
- Arroz e feijão;
- Molhos;
- Sucos;
- Sopas;
- Leite, queijo e derivados;
- Legumes e verduras;
- Sanduíches e salgadinhos;
- E muitos outros produtos.
Apesar de utilizarem o frio como método de conservação, o resfriamento e o congelamento são duas técnicas diferentes e voltadas para finalidades distintas.
O resfriamento é feito em geladeiras e refrigeradores e é indicado para alimentos que serão consumidos em um curto período, como frutas, verduras, laticínios e carnes frescas. Já o congelamento é indicado para alimentos que serão armazenados por mais tempo, como carnes, peixes, sopas, molhos e alimentos congelados.
Em ambos os casos, as técnicas retardam as reações químicas e enzimáticas que alteram as propriedades dos alimentos e favorecem o crescimento dos microrganismos nocivos à saúde.
Como aumentar a validade dos produtos congelados?
Além de implementar as técnicas de congelamento certas, é importante seguir algumas recomendações:
- Escolher alimentos frescos e de boa qualidade;
- Caso pretenda congelar alimentos crus, higienizar bem os alimentos antes do resfriamento e do congelamento;
- Embalar os alimentos em recipientes adequados, que evitem a entrada de ar e a formação de gelo;
- Rotular os alimentos com a data de congelamento e o prazo de validade. Um alimento congelado geralmente dura até 3 meses no freezer após fabricação;
- Respeitar as temperaturas e os tempos de congelamento e descongelamento indicados para cada tipo de alimento;
- Evitar o recongelamento dos alimentos, pois isso pode comprometer sua segurança e qualidade.
Por que investir no mercado de alimentos congelados?
A pandemia da Covid-19 trouxe muitos desafios e mudanças para a sociedade, especialmente no que diz respeito aos hábitos de consumo. Um dos setores que mais se beneficiou com essa nova realidade foi o de alimentos congelados, que registrou um crescimento expressivo nos últimos anos.
Antes da pandemia, o mercado de alimentos congelados já vinha apresentando um bom desempenho no Brasil, impulsionado por fatores como a praticidade, a variedade e a qualidade dos produtos oferecidos.
Porém, com a chegada da Covid-19, o cenário ficou ainda mais favorável para os alimentos congelados. Pois, com o isolamento social, as pessoas passaram a trabalhar em home office e a buscar opções prontas ou semiprontas que pudessem ser facilmente preparadas no micro-ondas ou no forno.
Além disso, os alimentos congelados também se mostraram uma alternativa segura e saudável, pois mantêm as propriedades nutricionais e evitam o desperdício de ingredientes. Diante deste cenário promissor, fica claro perceber que investir no mercado de alimentos congelados pode ser uma ótima oportunidade para quem quer empreender no ramo alimentício. Veja alguns dos bons motivos para apostar nesse segmento:
Alta demanda
Como vimos, os alimentos congelados têm uma grande aceitação entre os consumidores, que buscam praticidade, qualidade e variedade na hora de se alimentar. Além disso, há um potencial de crescimento do mercado, pois ainda há espaço para conquistar novos clientes e fidelizar os existentes.
Ótimo custo-benefício
Além de evitar o desperdício de alimentos, os congelados possuem um excelente prazo de validade. Quando embalados e congelados corretamente, podem durar até 3 meses no freezer. Ou seja, têm uma vida útil mais longa quando comparados aos refrigerados, o que reduz as perdas e os gastos com reposição.
Diferenciação
O mercado de alimentos congelados oferece diversas possibilidades de diferenciação, pois permite criar produtos personalizados para atender às necessidades e às preferências dos consumidores. Por exemplo, é possível desenvolver linhas de alimentos congelados voltadas para públicos específicos, como vegetarianos, veganos, diabéticos, intolerantes ao glúten e lactose etc
Inovação
Para encerrar a lista de bons motivos para investir no mercado de alimentos congelados, saiba que o setor também oferece ótimas oportunidades para inovar, afinal, está sempre em busca de novas tecnologias e processos que possam melhorar a qualidade, a segurança e a diversidade dos produtos.
De embalagens inteligentes a sistemas de rastreabilidade ou alternativas que garantam a procedência e melhorem a qualidade dos ingredientes, o setor oferece estímulos para o desenvolvimento de soluções que promovam mais praticidade e conveniência para os consumidores.
Tendências para o mercado de alimentos congelados
O mercado de alimentos congelados é um segmento promissor e competitivo, que exige planejamento, inovação e qualidade. Para se destacar neste setor, é preciso conhecer as tendências do mercado, as preferências dos consumidores e os diferenciais competitivos.
Entre as principais tendências para o segmento, podemos destacar:
- Alimentos funcionais, que além de saciarem a fome também promovem benefícios físicos e/ou emocionais;
- Produtos orgânicos, cultivados e extraídos através de processos e técnicas sustentáveis;
- Alimentos congelados sem glúten e sem lactose;
- Comida para praticantes de atividades físicas;
- Alimentos light (com redução de gordura) e diet (com redução de açúcar);
- Comida congelada low carb (baixo teor de carboidrato), para quem deseja perder peso;
- Alimentos para hipertensos (com pouco sódio);
- Comidas típicas congeladas, com receitas famosas de diferentes países.
Regulamentações para o setor
Quem pretende investir no mercado de alimentos congelados também precisa estar atento às regulamentações que permeiam o setor.
No Brasil, o órgão responsável por definir as boas práticas para serviços de alimentação é a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Através da RDC 216/04, a Agência estabelece as diretrizes para a manipulação, higienização, armazenamento, transporte e distribuição dos produtos, bem como a temperatura ideal para alimentos refrigerados e congelados.
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