Em uma época em que a conscientização a respeito das restrições alimentares vem tornando-se cada vez maior, investir no mercado de alimentos alternativos – mais conhecidos como “free from” – pode ser promissor. Um desses mercados de restrições alimentares é o da soja, bastante comum entre os consumidores.
Se antes precisávamos revirar prateleiras e mais prateleiras atrás desses produtos, hoje eles já dividem espaço com os alimentos tradicionais, além de contar com uma gama imensa de opções. E com tantos empreendedores aderindo a essa tendência, alimentação restritiva deixou de ser sinônimo de dieta rigorosa e sem sabor.
Começamos aqui uma série de conteúdos que vai desvendar para você todos os mistérios do mundo das restrições alimentares, e mostrar pra você, empreendedor, que entrar nesse mercado pode ser muito mais fácil e lucrativo do que você pensa.
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Por que a alergia a soja se manifesta?
Uma reação alérgica é a forma que seu organismo tem de alertar que algo no seu corpo está errado. Com isso, te defende de substâncias que apresentam algum perigo ao seu bem estar.
Por muitas vezes, essa reação causa uma série de sintomas extremamente desconfortáveis e perigosos. E, por isso, é esperado que portadores de qualquer tipo de intolerância ou alergia evitem alimentos que possam provocar reações alérgicas a qualquer custo.
Mas, e quando nos deparamos com um alimento que está presente na maioria dos produtos do mercado como a soja? Apenas evitar o seu consumo se torna uma tarefa difícil, não é mesmo?
Apesar de não ser tão comum entre os adultos, a alergia a soja é uma das mais frequentes em bebês e crianças, e em 7% a 13% dos casos vem acompanhada com a alergia ao leite também.
Estudos mostram que, para alguns, a alergia a soja ocorre durante a infância e desaparece até os 10 anos de idade. Ainda assim, pode se tornar um verdadeiro pesadelo para os pais, que precisam estar a todo momento vigiando a alimentação dos seus filhos.
Por isso, para quem tem restrições alimentares a soja, pode ser bastante custoso encontrar alimentos desse tipo no mercado.
Qual o papel da soja na nossa alimentação?
Muito comum na alimentação dos veganos e vegetarianos como uma forma de substituir o consumo da carne, a soja é uma excelente fonte de proteína vegetal. E além de ser uma grande aliada no emagrecimento, também reduz o risco de doenças cardiovasculares, previne o câncer, estimula a produção de colágeno e fortalece nossos ossos.
Então, quem sofre com restrições alimentares a soja não só deixa de aproveitar todos esses benefícios, como também precisa estar constantemente atento a composição dos produtos no mercado, por conta da alergia a esse alimento.
Esse grão está presente na maioria dos produtos do dia a dia do brasileiro. É comum no tofu, shoyu, sucos, temperos, óleo e papinhas de bebês. Do mesmo modo, os consumidores enfrentam outra problemática, a contaminação cruzada: um saco de feijão, por exemplo, pode conter traços de soja em função da armazenação conjunta desses grãos. O mesmo acontece com a farinha de trigo, pois é comum que sua plantação seja intercalada com a de soja.
Como entrar nesse mercado?
Agora que você já entendeu o contexto da soja dentro do Brasil e no panorama médico, é hora de se aprofundar mais nas alternativas para a soja e no que os consumidores dizem. Isso porque desenvolver um produto de qualidade e que atenda as necessidades do mercado pode fazer com que seu negócio seja reconhecido e tenha vendas consideráveis. Temos um post de desenvolvimento de produto que pode auxiliá-lo com relação a isso!
O que NÃO utilizar nos meus produtos?
O primeiro passo é entender a realidade do público alvo desse mercado. Ou seja, você precisa saber o que NÃO deve utilizar em suas receitas de forma alguma. Aqueles que lidam com restrições alimentares a soja devem evitar alimentos como:
- Edamame (grãos imaturos de soja);
- Miso (pasta de soja fermentada);
- Natto (soja fermentada);
- Molho shoyu (molho feito a partir da soja fermentada – contém trigo);
- Tamari (molho feito a partir da soja fermentada);
- Sucos diversos;
- Queijo de soja (tofu);
- Proteína de soja;
- Tempeh (fermentado de soja semelhante a um queijo);
- Proteína vegetal texturizada (PVT);
- Assados (pães, biscoitos e massas);
- Temperos prontos industrializados;
- Cereais;
- Barras de cereais e de proteína;
- Fórmulas infantis;
- Óleo vegetal de soja;
- Proteína vegetal hidrolisada (HVP);
- Margarinas;
- Chocolates;
- Produtos com “lecitina de soja”.
Além dessa lista de alimentos a serem evitados, é importante estar sempre atento a embalagem dos produtos, pois não é incomum que grãos como o feijão e o trigo contenham traços de soja em função da forma com que são coletados ou armazenados.
Ofereça diferenciais
Já discutimos que nos últimos anos nota-se um crescimento cada vez maior no mercado dos alimentos “free from”. Produtos que antes tinham alas especiais dentro dos supermercados, hoje dividem espaço com alimentos tradicionais e contam com diversas opções. Por isso, a competição dentro desse segmento também aumentou.
Portanto, apenas produzir alimentos sem soja não é mais garantia de vendas, mesmo para o público alvo desses produtos. Antes de entrar para esse mercado, é importante se atentar a diversos pontos, como:
- Mostrar aos consumidores que os benefícios dos seus produtos vão muito além de apenas serem “free from”;
- Buscar profissionais do ramo alimentício que agreguem ao seu produto e tragam credibilidade a sua marca;
- Garantir o sabor e textura dos seus produtos com substituintes de qualidade;
- Ter uma estratégia de marketing consolidada e bem planejada.
Cuidado com as substituições!
Entretanto, quando lidamos com alimentos que apresentam alguma restrição (sem soja, sem açúcar, sem lactose, sem glúten, etc) o erro de muitos empreendedores na hora de substituir esses ingredientes é compensá-los com outros ingredientes que possam mascarar a falta de sabor ou alguma outra característica.
Segundo uma pesquisa realizada pela Mintel em 2016, as principais barreiras que levavam os brasileiros a rejeitarem alguns alimentos eram o excesso calorias e carboidratos, muito processamento, excesso de açúcar e utilização de transgênicos. Isso nos mostra uma preocupação dos consumidores com a saúde, e uma geração mais exigente nos seus gostos e preferências.
Apesar de não estar tão evidenciada no mercado como a alergia a lactose e glúten, a soja é um problema que atinge muitos brasileiros. Logo, investir nesse mercado em crescimento pode ser promissor para quem deseja inovar em um segmento que está se consolidando.
Como a EJEQ pode te ajudar?
Muitos clientes que investem em mercados alternativos nos buscam para auxiliar na melhoria do produto, para que ele atenda cada vez mais as necessidades do mercado e tenha um sabor agradável para todos. Por isso, oferecemos consultoria tanto para melhorar um produto já existente, quanto para ajudar aqueles que buscam desenvolver um produto! Entre em contato conosco para saber mais como podemos atuar no seu negócio, ou acesse nossos serviços.
Gostou do texto, e quer saber mais sobre o assunto? Temos também um post sobre como o mercado de alimentos funcionais pode ser interessante para um negócio!