A partir de hoje, quando você for ao mercado, tente perceber a quantidade de alimentos transgênicos que preenchem as prateleiras. Desde vegetais até alimentos processados, esse tipo de produto tomou conta do comércio e vêm compondo parte da nossa alimentação diária.
Mas e aí, você sabe o que são esses alimentos?
No post de hoje, irei explicar sobre os transgênicos e responder as principais dúvidas acerca desse tipo de produto!
O que são alimentos transgênicos
De forma geral, alimentos transgênicos são produtos modificados laboratorialmente para adquirirem características desejadas que normalmente não aparecem naturalmente neles.
Esse tipo de tecnologia, chamada também de “recombinação de DNA”, modifica os genes dos alimentos e permite transferir características entre organismos diferentes e até espécies diferentes!
Assim, com esse tipo de técnica, é possível criar alimentos com propriedades nutritivas mais acentuadas ou resistentes a pragas nas lavouras, por exemplo.
Como identificar nas embalagens
A identificação de alimentos com produtos transgênicos em sua composição é, desde 2003, bastante simples:
Desde esse ano, tornou-se obrigatória a presença do símbolo que indica a presença de ingredientes geneticamente modificados no rótulo das embalagens. Essa representação, ainda, deve ser seguida de um texto legível que indique a presença desses componentes – como “contém (nome do produto) transgênico”.
Caso a presença de transgênicos apreça em quantidade menores que 1%, essa burocracia não é necessária.
Alimentos transgênicos no Brasil
Seguindo a tendência mundial de cada vez mais produzir alimentos transgênicos, o cultivo brasileiro não fica para trás nesse quesito.
Em 2018, quase cerca de 100% das plantações de soja, milho e algodão brasileiras já eram transgênicas, sendo a maioria delas modificada para serem resistentes a herbicidas ou insetos. Isso eleva o Brasil a um dos países que mais produz esse tipo de produtos no mundo.
Legislação
No país, o desenvolvimento e a entrada no mercado de alimentos transgênicos passa por diversas etapas e testes para assegurar sua qualidade e segurança aos consumidores.
A Lei de Biossegurança (nº 11.105/05) é a legislação que rege esse setor de pesquisas e indústria e é definida, em seu primeiro artigo, como:
Essa lei abrange todas as partes envolvidas com alimentos transgênicos e pode ser conferida clicando no link que deixamos ali em cima!
Economia
De acordo com um estudo realizado pela Agroconsult e o Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), a área utilizada para as três culturas citadas (algodão, soja e milho) representava dois estados de São Paulo de plantação – cerca de 53 milhões hectares – nos últimos 20 anos.
Essa imensa atividade agrícola rendeu nesse período R$ 35,8 bilhões de reais, sendo que o ganho total para o país foi de R$ 45,3 bilhões de reais, ao levarmos em conta o aumento da compra de insumos e maquinários causados indiretamente pelos alimentos transgênicos.
Principais dúvidas sobre os alimentos transgênicos
Assim como esse tipo de alimento vem ganhando as prateleiras dos mercados, eles também dão o que falar. É muito comum associar a imagem de produtos transgênicos a algo que faça mal à saúde, e é por isso que vamos tirar algumas dúvidas principais:
Eles fazem mal à saúde?
Atualmente, apesar da constante pesquisa e dissertação sobre esse assunto, ainda não existem respostas conclusivas para essa pergunta.
Como essas tecnologias são relativamente recentes, são necessários estudos a mais longo prazo para realmente definir se eles são prejudiciais à saúde. Ainda não existe um total consenso entre os pesquisadores para definir uma resposta concreta para a pergunta.
Apesar disso, a Lei de Biossegurança, citada anteriormente, é uma lei muito rigorosa que oferece um caráter de segurança bastante grande aos alimentos transgênicos oferecidos no mercado.
Além disso, a modificação genética das espécies permite que seja utilizado menos inseticidas na plantação, aumente o valor nutricional dos alimentos e melhore a qualidade do produto final.
Quais as principais vantagens econômicas dos alimentos transgênicos?
Além das características benéficas citadas anteriormente, como sua influência na economia, podemos levantar outro ponto muito relevante que motiva a produção desses alimentos.
Por conta da facilidade de produção e processamento deles, ocorre uma redução considerável no preço final dos transgênicos, como podemos perceber ao compará-los com alimentos orgânicos.
Desse modo, por apresentar um produto de grande qualidade e preço reduzido, o mercado de transgênicos não para de crescer, entrando cada vez mais no comércio e impactando positivamente a economia.
Quais os efeitos ao meio ambiente?
Apesar de possibilitar um menor uso de pesticidas, por exemplo, o uso excessivo e sem controle de alimentos geneticamente modificados pode trazer sequelas ao meio ambiente.
Ao inserir um produto transgênico no ambiente, o controle sobre sua reprodução e disseminação acaba sendo muito complicado. Por serem espécies mais resistentes e melhoradas geneticamente, podem começar a se sobrepor a outras espécies e influenciar a biodiversidade do local.
Além disso, plantas mais resistentes podem acabar levando à geração de pragas também mais resistentes, as quais podem não ser afetadas pelos inseticidas mais comuns, por exemplo.
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