Tecnologias para Redução do Açúcar em Alimentos: Alternativas e Importância para o contexto atual

30/05/2024

Nos últimos anos tem-se observado uma tendência de busca por um estilo de vida mais saudável e equilibrado, o que aumentou a preocupação de grande parte das pessoas com a redução do açúcar em alimentos. De fato, a maioria dos alimentos industrializados são compostos por quantidades significativas  de açúcares – que assim como qualquer outro carboidrato quando consumido em excesso podem contribuir para a ocorrência de doenças como obesidade, diabetes e hipertensão. Assim, está cada vez maior a demanda por alimentos com teores reduzidos de açúcares ou que sejam compostos por substitutos. 

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Neste blog, vamos abordar diferentes tecnologias para redução de açúcares nos alimentos, bem como as legislações atuais que regulamentam esse processo e os impactos dessa redução. 

açúcar em alimentos

Fonte: Freepik

Substitutos 

Assim como foi comentado anteriormente, há interesse crescente em reduzir a quantidade de açúcar nos alimentos, porém a simples retirada desse produto pode acarretar prejuízos ao produto final, principalmente no que se refere ao sabor. E isso com certeza não é desejado, afinal dificilmente alguém consumiria um alimento cujo sabor não é de seu agrado. 

Portanto, visando trazer alternativas para adoçar alimentos de maneira mais saudável, vamos elencar alguns dos principais substitutos dos açúcares, que podem substituí-lo de maneira total ou parcial. No entanto, é válido ressaltar que apesar de esses produtos alternativos serem mais benéficos, a maioria deve ser consumida com moderação, havendo uma ingestão máxima tabelada.

Stevia 

É um adoçante natural obtido a partir de uma planta. Seu potencial adoçante é cerca de 300 vezes maior que o do açúcar comum, e é caracterizado por ter quase nenhuma caloria. Sua ingestão máxima recomendada é de 5,5 mg por kg de peso corporal. Suporta altas temperaturas, porém não possui boa solubilidade em água. 

Eritritol

É um adoçante natural presente em algumas frutas e plantas, mas também pode ser produzido artificialmente. É um monossacarídeo, o tipo de carboidrato mais simples, logo não é metabolizado pelo organismo, e, por consequência, não aumenta os níveis de glicose no sangue.  É utilizado em balas, chocolates, geleias e na produção de pães devido a sua capacidade de cristalização. Possui 70% do potencial de doçura do açúcar, e é pouco calórico. 


Embora não tenha um limite especificado para ingestão diária, o consumo em excesso pode causar problemas digestivos, tendo em vista que uma pequena parte permanece no sistema digestivo e, portanto, pode sofrer fermentação pelas bactérias da flora intestinal. 

Xilitol

É um adoçante natural obtido a partir de fibras de frutas e vegetais. É altamente solúvel em água e mantém suas propriedades em altas temperaturas. Possui o mesmo poder adoçante que o açúcar, mas tem a propriedade de ser 40% menos calórico que ele. Assim como o eritritol, pode causar problemas gastrointestinais, ainda que não possua limite de ingestão diária.

Taumatina

É um adoçante natural caracterizado por realçar sabor e aroma de alimentos, além de mascarar sabores indesejados. Não possui calorias e é aproximadamente 3000 vezes mais doce que o açúcar comum. Além disso, por ser uma proteína vegetal, é seguro para diabéticos, não havendo restrições quanto ao seu consumo. 

Fibras 

Pesquisas recentes indicam que a implementação de fibras em alimentos industrializados traz inúmeros benefícios: 

  • Substituição do açúcar nas formulações; 
  • Melhorias nutricionais;
  • Lenta absorção de alimentos, o que aumenta a saciedade;
  • Captura de açúcares – as fibras solúveis, ao entrarem em contato com a água, formam uma espécie de esponja que absorve os açúcares de carboidratos, o que diminui sua absorção pelo organismo.

Quanto aos adoçantes artificiais, seu uso ainda é um tema controverso devido a falta de consenso entre os pesquisadores sobre seus possíveis efeitos nocivos a longo prazo. 

Como a Nova Lei de Rotulagem pressiona as indústrias alimentícias a mudarem suas estratégias quanto ao açúcar?

As indústrias alimentícias estão sob pressão para reformular seus produtos tanto por parte do público, que tomou consciência dos malefícios do consumo excessivo de açúcares, quanto por influência de órgãos regulamentadores

A nova lei de rotulagem nutricional foi proposta pela ANVISA e entrou em vigor em todo o Brasil em 09 de outubro de 2022. Conheça o serviço de rotulagem e tabela nutricional da EJEQ!

Dentre as exigências dessa nova lei estão: 

  • Informar valores nutricionais por 100 gramas de alimento;
  • Informar o número de porções por embalagem;
  • Rotulagem frontal que indica nitidamente se o produto contém quantidades excessivas de açúcar, sódio ou gordura saturada.

Embora essa lei somente atualize a rotulagem dos produtos, podemos considerar que ela é um passo crucial para que as indústrias de alimentos repensem a formulação de seus produtos. Essa nova maneira de informar os consumidores quanto a composição dos produtos alterou suas percepções quanto ao que eles consomem e criou uma certa resistência a alimentos com indicação de “alto em açúcares”, o que aumentou a busca por alimentos menos calóricos e mais saudáveis. Como resultado, grande parte das indústrias têm buscado alternativas para seguir as exigências dos consumidores por alimentos mais saudáveis, e reduzir a quantidade de açúcar em seus produtos, com objetivo de não perder esse público. Conheça mais sobre essa tendência em: Produtos Clean Label.

Como outros países estão regulamentando a quantidade de açúcar em alimentos e bebidas?

A taxação de bebidas ou alimentos açucarados tem sido uma estratégia adotada por muitos países para diminuir o consumo desses produtos e incentivar a produção de alimentos mais saudáveis por parte das empresas alimentícias. Essa taxação foi, na realidade, orientada pela OMS, em 2021, como forma de diminuir casos de obesidade, diabetes e outras doenças relacionadas em todo o mundo.

No Brasil, ainda não há uma lei que regulamente a quantidade máxima de açúcar em alimentos, porém há um Projeto de Lei (PL 10.075/2018) em andamento desde de 2018 que propõe o aumento no imposto sobre bebidas não alcoólicas adoçadas com açúcar. 

Então, enquanto não há uma regulamentação nacional, podemos analisar como os demais países estão agindo para reduzir o consumo de alimentos com muito açúcar. 

  • Na Colômbia, foi implementado em setembro de 2023 o imposto sobre bebidas açucaradas, com uma taxa progressiva de 15% em 2024 e 20% em 2025;
  • Na Hungria, em 2011, o aumento do imposto sobre bebidas açucaradas resultou em uma redução no consumo desses produtos e incentivou 40% das empresas a mudarem suas fórmulas para reduzir ou eliminar esses ingredientes;
  • No México, em 2014, um imposto de 10% sobre bebidas açucaradas diminuiu quase na mesma proporção a venda desses produtos, ao mesmo tempo que aumentou a venda de água;
  • Catar, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita taxam em 100% bebidas energéticas e em 50% as demais bebidas adoçadas. 

Foi constatado que medidas de taxação não só reduziram o consumo de bebidas muito adoçadas, como também pressionaram as indústrias a reformularem suas composições de forma a conterem menor quantidade de açúcar. Saiba mais sobre como expandir seu negócio seguindo as tendências alimentares.

Exemplo do uso da tecnologia para reduzir açúcar em alimentos

Um exemplo notável de empresa que se adaptou às novas legislações e demandas da população é a Nestlé, que revelou em 2023 ter conseguido reduzir em 30% a quantidade de açúcar em seus produtos por meio de um processo enzimático. Além de o projeto ser inovador, ele se destaca por não incrementar significativamente os custos de produção de maneira, assim como agir sem modificar o sabor e a textura do produto final. Quer saber mais sobre o uso de inovações tecnológicas na indústria alimentícia? Clique aqui.

Por que investir em tecnologias de redução de açúcar em alimentos? 

Acredito que depois de tudo que comentamos, se você não foi convencido a entrar na tendência de redução do uso de açúcar em alimentos, então, pelo menos, você pensou na possibilidade. Afinal, vimos que não é viável somente diminuir o uso desse poderoso condimento. Portanto, esse é um ambiente propício tanto para o desenvolvimento de novos produtos quanto para a modificação dos já existentes, com objetivo de se adaptar ao novo mercado e, por fim, atrair novos consumidores. E é aí que a EJEQ pode te ajudar! 

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