Entenda como os conservantes artificiais podem ajudar a melhorar seus produtos!

16/04/2020

Ao buscar soluções para o aumento do tempo de prateleira de alimentos, é comum nos depararmos com diversas classificações de aditivos alimentares. Os responsáveis por melhorar a validade dos produtos são os chamados conservantes, que podem ser divididos em duas classificações: os artificiais e os naturais.

No post de hoje, falarei um pouco mais sobre essa classe de conservantes sintéticos e explicarei em que alimentos eles são mais utilizados, suas vantagens e desvantagens!

O que são conservantes artificiais?

Como falei anteriormente, conservantes são uma classificação de aditivos alimentares que têm como objetivo aumentar o shelf life dos alimentos e manter as características do produto (como cor, sabor e aroma) por mais tempo.

Esses compostos podem ser divididos em dois grupos diferentes: os conservantes artificiais e os naturais.

Apesar de ser bastante intuitivo, essa caracterização se baseia no modo de obtenção desses aditivos. Enquanto os naturais podem ser extraídos de fontes orgânicas, os conservantes sintéticos precisam ser produzidos industrialmente para serem adquiridos.

Foto legumes fermentados ou enlatados, diferentes cenouras de abobrinha, pepinos de chucrute em frascos ficam no sal contra

Fonte: Freepik

Classes

Dentro dos chamados conservantes (sintéticos ou não), ainda podemos separá-los conforme suas funções principais e problemas que resolvem. As três classes estão dispostas na tabela a seguir:

Antioxidantes

Esses conservantes protegem os alimentos contra a oxidação, um processo que pode causar ranço, sabor desagradável e perda de valor nutricional. Exemplos incluem o BHA e o BHT, que são frequentemente usados em produtos com alto teor de gordura, como óleos vegetais e produtos de carne processada.

Antimicrobianos

Estes conservantes combatem o crescimento de microrganismos, incluindo bactérias, leveduras e bolores. Os nitratos e nitritos de sódio são exemplos, usados na preservação de carnes processadas, como salsichas e presuntos, ao mesmo tempo em que conferem cor e sabor característicos.

Acidulantes

Acidulantes, como o ácido cítrico e o ácido ascórbico (vitamina C), ajustam o pH dos alimentos para níveis ácidos, inibindo o crescimento de microrganismos. Além disso, melhoram o sabor e a estabilidade de produtos como refrigerantes e conservas de frutas.

Agentes quelantes

Estes conservantes, como o EDTA (ácido etilenodiaminotetracético), atuam ligando-se a íons metálicos que aceleram a oxidação dos alimentos. Eles ajudam a manter a frescura de produtos como maionese e produtos de panificação.

Conservantes antimicrobianos naturais sintetizados

Alguns conservantes artificiais são derivados de compostos naturais, mas são produzidos sinteticamente em laboratório para uso alimentar. Um exemplo é o ácido sórbico, derivado de bagas de sorveira e usado em produtos de panificação e laticínios.

Outros conservantes

Existem várias outras classes de conservantes, como os benzoatos, que são usados em produtos ácidos como refrigerantes, e os propionatos, comuns em pães e produtos de panificação.

Assim, cada tipo de conservante atua em um dos problemas descritos. Quer saber mais sobre oxidação e entender o que são enzimas? Deixamos um link especial em cada palavra!

Case de Sucesso

Agora que conhecemos um pouco das classificações, o que você acha de conferir um exemplo da aplicação desse conteúdo na prática antes de descobrir  alguns usos desses aditivos químicos?

Acesse nosso Case de Sucesso Sweety Brownies, projeto onde houve um aumento de 150% no prazo de validade de brownies com a utilização de Sorbato de Potássio!

E qual conservante eu devo usar?

Como diferentes conservantes possuem diferentes funcionalidades, também possuirão um potencial diversificado dependendo do tipo de produto nos quais são aplicados.

A variedade de ingredientes, componentes e processo em uma receita, por exemplo, pode interferir bastante no modo em que os conservantes atuam nela. Existem conservantes que se solubilizam melhor em água, outros que evaporam em temperatura baixas (não podendo ir ao forno), ou seja, depende bastante do meio em que são inseridos.

Sabendo disso e para exemplificar melhor a situação, elencamos os principais conservantes – especificamente artificiais – mais utilizados em determinadas áreas da indústria alimentícia!

Panificação

Nesse tipo de setor alimentício, o principal problema que atinge os produtos de panificação são os bolores. O uso de aditivos, aqui, normalmente busca inibir o crescimento desses microrganismos e permitir um aumento do shelf life dos pães.

Como solução, portanto, os melhores e mais efetivos conservantes sintéticos são os Sorbato de Potássio e Propionato de Cálcio.

A escolha de qual desses compostos utilizar varia muito com o tipo de produto produzido. Um exemplo é que o Sorbato de Potássio inibe a ação de fermentos biológicos, não sendo o mais recomendado para produtos com esse processo de fermentação.

Confeitaria

Nesse caso, também é muito comum encontrar produtos embolorando rapidamente e perdendo suas características iniciais. Além disso, produtos que possuem bastante gordura podem facilmente rancificar e perder sua validade.

Para essas situações, utiliza-se bastante o Propionato de Sódio, por ser mais indicado para produtos doces. Ele atua muito bem contra bolores e inibe a ação desses microrganismos.

Na questão da rancificação (oxidação), um dos conservantes mais utilizados entre os sintéticos é o Ascorbato de Cálcio. Esse aditivo, uma forma em sal da Vitamina C, é um ótimo antioxidante e é bastante utilizado na confeitaria.

Indústria de Vinhos

Além dos exemplos citados, outra indústria que utiliza de conservantes é a de vinhos. Apesar de ser curioso, as vinícolas utilizam desses aditivos para combater bolores, leveduras e bactérias.

O conservante mais utilizado é o Dióxido de Enxofre (e sais derivados desse composto), principalmente por sua ação antimicrobiana – chamada de seletiva nesse caso, por interromper a ação de bactérias acéticas -, mas também por evitar o escurecimento enzimático e não enzimático de alimentos.

Mas se existem os naturais, por que escolher os conservantes artificiais?

Para entender os conservantes sintéticos, além da sua função principal de aumentar o shelf life de produtos e os principais utilizados, é importante entender outros aspectos benéficos e maléficos que esses produtos causam.

Vantagens

Primeiramente, o uso de conservantes em um geral mostra o benefício da redução de desperdícios na produção e estocagem. Desse modo, é possível manter os alimentos armazenados por mais tempo, diminuindo a quantidade de produtos perdidos antes mesmo de serem vendidos!

Além disso, o uso de conservantes sintéticos é uma das maneiras mais fáceis de melhorar a validade de um produto, principalmente por conta de sua ampla disponibilidade. Esses aditivos são bastante fáceis de comprar, seu custo normalmente é bastante acessível e geram um retorno considerável, por conta dos resultados satisfatórios de aumento do tempo de prateleira.

Outro ponto muito importante é a possibilidade de expandir as vendas para locais mais distantes e mercados maiores. O uso de aditivos sintéticos permite que o produto passe mais tempo em transporte, além de ser um diferencial para vender em grandes supermercados, já que refletem menos prejuízos por conta de mercadoria estragada!

Por fim, como mostrado nas classes de conservantes, alguns deles inibem a proliferação de bolores em alimentos. Prejudicar a ação desses microrganismos representa, por mais tempo, proteger as pessoas  do consumo de alimentos contaminados pelas toxinas que eles produzem, as quais são danosas ao organismo humano. E os sintéticos são os melhores fazendo esse trabalho.

Desvantagens

A principal desvantagem relacionada ao uso de conservantes sintéticos é baseada no seu potencial danoso ao organismo. Apesar de nos proteger de toxinas de fungos, por exemplo, existem diversos estudos que relacionam esses compostos a reações danosas que causam ao corpo humano (como alergias, tosse, azias e até problemas mais sérios, como câncer).

Apesar disso, órgãos como a ANVISA disponibilizam grandes listas com quantidades permitidas de cada conservante para diferentes alimentos. Essas quantidades provém de estudos e análises científicas do potencial dano desses aditivos. Assim, a única recomendação é que a ingestão desses conservantes seja moderada.

Como forma de prevenção, especialistas recomendam um especial afastamento de nitritos e nitratos, por conta de suspeitas que esses compostos facilitam o desenvolvimento do câncer de intestino e de estômago.


E aí, quer aprender mais sobre um outro lado de aditivos alimentares? Confira nosso post sobre conservantes naturais!

Gostou do conteúdo e gostaria de descobrir se os conservante artificiais são a alternativa certa para você aumentar a validade dos seus produtos? Entre em contato com um especialista para sabermos como podemos te ajudar!

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