Observar toda composição de ingredientes de um produto antes de adquiri-lo pode ser muito cansativo. Isto poderia, facilmente, acabar se tornando um obstáculo para aqueles que almejam expandir suas vendas ao público vegano.
Mesmo que muitas pessoas buscam um estilo de vida mais saudável, elas possuem dificuldade em identificar algo 100% vegano. Da mesma forma que desejam ser mais responsáveis com o meio ambiente e o planeta.
Sendo assim, um assunto de extrema importância aos consumidores e às empresas é a certificação desses produtos, tema que será discutido no post de hoje, na continuação da nossa série de conteúdos sobre Veganismo. Vamos lá?
Fonte: freepik
O que é o Selo Vegano?
É uma certificação registrada no rótulo do produto que assegura a sua produção isenta de qualquer exploração animal. Além de auxiliar e atrair consumidores e empresas a reconhecerem o crescente mercado vegano.
Fonte: Selo Vegano
Com este propósito, tanto a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) – mais conhecida – quanto o Veganismo Brasil criaram seu próprio selo:
Assim, tornou-se possível atestar ao consumidor uma mercadoria – seja ela um alimento, vestuário, cosmético ou produto de higiene – livre de testes e ingredientes de origem animal em todo o seu processo, inclusive de possíveis contaminações cruzadas, graças ao seu controle rígido de qualidade.
Além de que esse selo vegano trabalha nos mesmos padrões da The Vegan Society, organização que definiu o termo veganismo.
Como adquiri-lo?
Pela SVB, os produtos que receberão o selo vegano deverão ser solicitados através do e-mail [email protected], em que a empresa fornecerá os seus nomes e suas respectivas composições. Logo em seguida, será encaminhado como resposta, o orçamento e as orientações específicas para a aquisição.
A próxima etapa consistirá no envio das documentações exigidas para a análise dentro do prazo de 30 a 90 dias. Contudo, caso sejam necessários esclarecimentos adicionais, a empresa será informada e um novo retorno será estabelecido.
Esta avaliação não é realizada apenas pela denominação do produto ou pela sua composição, mas também pode passar por outras etapas da cadeia produtiva: fornecedores, preparo, finalização, análise laboratorial, visitas técnicas…
Após a análise e a aprovação, a empresa estará autorizada a utilizar o selo nacional nas embalagens das mercadorias solicitadas.
Já pelo Veganismo Brasil, a forma de solicitação já é através do pagamento do certificado presente no final desta página.
Quanto custa?
É importante ressaltar que o seu custo é variável, mas pode ser adquirido a partir de R$ 850,00 ao ano pela Sociedade Vegetariana Brasileira. Além disso, necessita-se de uma taxa de requisição referente à taxa de inscrição, o qual corresponde a 10% do valor total do orçamento.
Em resumo, ele é calculado sobre o faturamento da empresa, seu tempo de mercado, quantidade de certificações, complexidade, número de fornecedores, presença de insumos críticos, etc.
Já pela outra associação, há um preço fixo baseado no seu porte, variando desde um microempreendedor até uma empresa grande. Isto é, de R$ 420,00 a R$ 8.974,00 à vista.
Empresas com produção não-vegana podem conseguir o selo?
Com certeza! Basta elas apresentarem produtos com todos os requisitos necessários para enquadrá-las nessa categoria, mesmo havendo a possibilidade de presença não intencional de traços de origem animal neles.
Para isto, a empresa precisa atender as normas de Boas Práticas de Fabricação (BPF) que garantirão traços em quantidade reduzida. Ademais, respeitar a legislação de declaração de alergênicos na rotulagem.
Outros selos
Em um mundo globalizado que vivemos, o conhecimento de outros selos fora do Brasil também se torna necessário. Dessa forma, apresentaremos dois selos veganos internacionais: o primeiro da The Vegan Society (Reino Unido) e o segundo da Vegan Action (EUA).
Além disso, há os selos Cruelty-Free, que significa “livre de crueldade”. Eles remetem a um produto que não foi testado em animais, ou seja, buscam abolir o uso deles como cobaias. Entretanto, é necessário atenção redobrada, já que isso não significa que ele é vegano.
Popularmente empregados no setor de cosméticos, temos, da esquerda para a direita, o da Peta (People for Ethical Treatment of Animal), seguindo o da Cruelty Free International e por fim, da Choose Cruelty Free.
Quais são as vantagens?
Ao refletir sobre o crescimento do mercado e na elevação do número de adeptos ao veganismo, não devemos pensar em apenas desenvolver novos produtos, mas também adquirir o selo vegano a eles.
Seus clientes continuarão comprando suas mercadorias, mas com essa certificação, você terá novos consumidores! Tudo isso, graças a facilidade em identificar produtos livres de exploração animal seguros, conforme uma pesquisa realizada pelo IBOPE.
Além disso, será possível divulgar suas mercadorias em canais, eventos e feiras voltados ao veganismo e ao vegetarianismo.
Por fim, as empresas poderão assegurar e rastrear com mais precisão insumos veganos ou não em toda a sua cadeia produtiva, após todas as etapas de análise anteriores ao recebimento do selo.
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