De acordo com a ABIA (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos), o mercado de alimentos teve um crescimento de 184,2% no primeiro trimestre de 2021.
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Ao contrário do que se imagina, a pandemia da COVID-19 não provocou mudanças apenas na forma de comprar dos brasileiros. Além do hábito de comprar online, que cresceu 30% em 2020, o consumidor também está cada vez mais atento ao que come e em busca de alimentos funcionais, que além de suprirem as necessidades nutricionais básicas do organismo, também oferecem benefícios à saúde física e mental.
Seja para fortalecer o sistema imunológico, aliviar a tensão provocada pelo isolamento social ou promover mais economia, alimentos naturais estão sendo uma das principais tendências do mercado de alimentos para 2022, e para o segundo semestre deve continuar em alta. São produtos que saciam a fome, produzem bem-estar, combatem uma série de doenças e estimulam bons hábitos alimentares.
Todavia, muito se engana quem acredita que essa é a única tendência para este ano. Além desta, existem outras que de igual forma prometem impulsionar o crescimento do mercado alimentício no Brasil. No artigo a seguir você confere algumas delas para inovar e aproveitar as oportunidades do setor!
Alimentação Sustentável
A busca por uma alimentação saudável já faz parte da rotina de milhares de pessoas há alguns anos. Para ter uma ideia, uma pesquisa realizada pela FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) em 2018 já havia apontado a alimentação saudável como objetivo de 80% dos brasileiros.
Então, o que mudou de lá para cá? Na verdade, o conceito de alimentação saudável. Hoje em dia, não basta apenas oferecer produtos menos calóricos, com menos açúcares ou 100% naturais. Muito mais do que beneficiar corpo e mente, os alimentos também precisam abraçar causas ambientais.
Nesse contexto, empreendedores do mercado de alimentos que se preocupam com processos produtivos ecologicamente corretos, embalagens sustentáveis e produtos cruelty-free, ou seja, não testados em animais, tendem a se destacar perante a concorrência.
Nutrição holística
Antes de falarmos em nutrição holística, é preciso compreender o que o termo realmente significa. Por holístico, compreende-se uma visão geral do ser humano, o que inclui o lado físico, mental e espiritual. Quando aplicado à alimentação, o conceito diz respeito a alimentos capazes de equilibrar corpo e mente.
Alguns alimentos como cereais, leite, banana, castanhas, limão, alface, abacate, maçã e o maracujá são ricos em triptofano, vitamina C, cálcio, ferro, antioxidantes, carboidratos entre outras substâncias que combatem o estresse, a ansiedade e a fadiga física e mental.
Ou seja, ao mesmo tempo em que alimentam, esses produtos ajudam a regular o humor, a afastar os sentimentos negativos, a ter mais disposição e qualidade de vida! Vale a pena salientar que empresas que já investem em produtos funcionais têm ganhado destaque no mercado de alimentos. Como você acha que seu negócio pode prosperar se apostar nessa tendência a partir de agora?
Inovação e criatividade no mercado de alimentos
Com um consumidor cada vez mais informado (viva a internet) e mais exigente, já não dá mais para ter sucesso no mercado de alimentos oferecendo mais do mesmo. É preciso garantir uma nova experiência de consumo aos clientes com produtos inteligentes, inovadores e criativos.
Mas como fazer isso? Nesse caso, o primeiro passo é fazer uma boa pesquisa de mercado para compreender quem é o seu público-alvo, concorrentes e quais são as oportunidades em aberto no seu setor. Saber o que a concorrência oferece e o que você pode fazer melhor é um ótimo caminho para começar no ramo de alimentos com o pé direito. Combine a conveniência com a praticidade e a sustentabilidade com a credibilidade e tenha um produto atrativo, útil e principalmente lucrativo.
Ainda não sabe como inovar? As empresas a seguir podem te inspirar!
- NotCo: empresa chilena que fabrica produtos isentos de ingredientes de origem animal, como maionese, hambúrguer, leite, sorvete entre outros;
- Air Protein: inspirada nas técnicas da NASA para alimentar seus astronautas, essa empresa norte-americana fabrica proteínas usando a transformação do carbono;
- Beyond the Meat: outra empresa estadunidense que apostou na inovação para se destacar no mercado de alimentos. Só que nesse caso, a marca fabrica hambúrgueres, salsichas, frangos entre outras fontes proteicas com plantas.
Mindful eating
Já essa tendência do mercado alimentício é inspirada na prática do Mindfulness (atenção plena).
Trata-se, na verdade, de uma técnica que ajuda o praticante a se concentrar no momento presente. Ao desligar o botão automático e realizar as atividades com consciência, a mente se esvazia das preocupações com o futuro e dos pensamentos que remetem ao passado. De caráter científico, o Mindfulness é uma das terapias mais recomendadas para tratar condições como estresse, ansiedade e depressão.
Mas, o que isso tem a ver com alimentação afinal? Quem possui um restaurante ou lanchonete, por exemplo, pode combinar alimentos saudáveis com um ambiente mais tranquilo e acolhedor. Assim, o cliente vai conseguir se concentrar no presente, mudar o seu relacionamento com a comida e equilibrar corpo e mente.
Embalagens inteligentes
Indispensáveis para todo e qualquer produto, as embalagens possuem fundamental importância no mercado de alimentos. Afinal de contas, por meio delas o consumidor tem acesso às informações nutricionais do alimento, prazo de validade e instruções de uso.
Todavia, um novo conceito de embalagens têm revolucionado a indústria de alimentos: as embalagens inteligentes. Elas são munidas de tecnologias que ajudam a conservar os alimentos, reduzem desperdícios, informam sobre as condições de consumo e, em alguns casos, podem ser recicladas.
Produtos vegetarianos, veganos e orgânicos
Apesar de fazerem parte de um estilo de vida mais saudável, há diferenças entre alimentos vegetarianos, veganos e orgânicos. Conheça adiante as características de cada um dos produtos para saber em qual investir:
- Vegetarianos: consumidos por pessoas com alimentação limitada, que não consomem proteína animal (carne bovina, suína, de aves e peixes, por exemplo).
- Veganos: totalmente isentos de ingredientes de origem animal, atendem a um público mais restrito e que tem no veganismo um estilo de vida;
- Orgânicos: produtos cujos ingredientes tenham sido cultivados sem o uso de agrotóxicos, em respeito ao meio ambiente, à saúde das pessoas e dos animais. Podem conter ingredientes de origem animal.
Em alta no mercado alimentício brasileiro, esses três tipos de produtos continuam sendo apostas certeiras do setor para 2022. Contudo, não se esqueça de investir em selos de certificação para dar mais credibilidade aos produtos. Além do selo do Serviço de Inspeção Federal (S.I.F), que é obrigatório, você também pode investir no selo vegano, orgânico e cruelty-free.
Mercado de alimentos sem glúten
Se por um lado a busca por alimentos veganos, vegetarianos e orgânicos aumentou de uns anos para cá, o consumo de alimentos sem glúten seguiu na mesma proporção.
Para quem não sabe, o glúten é uma combinação de duas proteínas, a gliadina e a glutenina. Ele é encontrado em alguns cereais, como trigo, cevada e centeio e faz parte de vários alimentos do dia a dia dos brasileiros, como massas, biscoitos, pães, cervejas entre vários outros.
Até aí nenhum problema, exceto para quem tem intolerância ao glúten. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 1% da população mundial sofre com a doença celíaca. Caracterizada por uma doença auto-imune e pela incapacidade de o organismo quebrar as moléculas da proteína, a doença causa sintomas como diarreia, dores abdominais, vômitos, inchaço e falta de apetite.
Felizmente, é possível substituir o glúten por outros ingredientes, sem prejudicar o valor nutricional e a qualidade dos produtos: o trigo pode dar lugar à farinha de arroz, à farinha de milho entre outras alternativas. Se você já empreende no mercado e deseja atender essa parcela da população que tem restrição alimentar ao glúten, contar com uma assessoria em engenharia química é o melhor caminho para adequar os seus produtos, tornando-os seguros. Saiba como a EJEQ pode ajudar.
Sobremesas sem açúcar
Assim como acontece no caso do glúten, algumas pessoas também não podem consumir açúcar. E, infelizmente, nem sempre essa restrição possui um apelo estético: no Brasil, mais de 16 milhões de pessoas sofrem com o diabetes.
Todavia, graças à evolução do setor alimentício, os diabéticos podem degustar as delícias da vida sem colocar a saúde em risco. Receitas preparadas com adoçantes naturais e ingredientes de baixo índice glicêmico já são realidade na maioria de muitos brasileiros.
Mas é claro que a restrição ao consumo de açúcar não precisa ser necessariamente por causa de doenças. Ela pode ser voluntária e fazer parte da busca por um estilo de vida mais saudável ou para fins de emagrecimento. Seja qual for o motivo, o fato é que o mercado de alimentos precisa estar atento e propor soluções que atendam essas necessidades.
Delivery de alimentos
O delivery de alimentos é mais uma tendência do mercado de alimentação que foi impulsionado pela pandemia. Só em 2021 os serviços de entrega de comida faturaram cerca de R$ 3,8 milhões e as previsões são otimistas para o setor: até 2024, ele deve ter um crescimento anual de aproximadamente 7,64%.
Conforme você pode perceber neste artigo, o setor de alimentos saudáveis é promissor e oferece várias possibilidades para investir e inovar. Aqui na EJEQ somos especialistas em projetos clean label. Veja aqui o Case da FunFit , clique aqui para falar com um especialista da EJEQ e impulsione o seu negócio com as melhores soluções do mercado!